Um assessor parlamentar da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) está no centro de uma polêmica após utilizar recursos públicos para custear uma viagem internacional aos Estados Unidos. O deslocamento, feito com o pagamento de diárias parlamentares, totalizou aproximadamente R$ 48 mil e teve como destino Washington, capital norte-americana. A viagem gerou forte repercussão nas redes sociais e entre representantes da sociedade civil, reacendendo discussões sobre o uso de verbas públicas sem a devida transparência e justificativa clara de interesse público.
De acordo com informações divulgadas pelo Jornal Razão, o valor gasto com passagens e diárias corresponde ao montante autorizado para cobrir despesas de deslocamentos técnicos e institucionais. No entanto, até o momento, não foram apresentados documentos ou relatórios que comprovem compromissos oficiais realizados na capital americana que justifiquem o gasto expressivo. O episódio remete a antigas práticas amplamente criticadas, como o escândalo das “passagens aéreas”, em que assessores e parlamentares utilizavam verbas públicas para turismo ou viagens pessoais.
A falta de clareza sobre os objetivos da viagem e os resultados obtidos levantou uma série de questionamentos, tanto na opinião pública quanto entre especialistas em gestão pública e controle de gastos. Organizações da sociedade civil e cidadãos cobram explicações da Alesc e pedem maior fiscalização e critérios mais rigorosos para a concessão de diárias internacionais. O caso deve ser acompanhado pelos órgãos de controle e pode gerar novas discussões sobre a regulamentação e a transparência no uso de recursos do Legislativo catarinense.