Ladainha de Sempre: Prefeitos voltam a Brasília com velhas reivindicações e poucas respostas

Marcha dos Prefeitos 2025 reúne gestores municipais de todo o Brasil na capital federal; com pautas repetidas como redução de impostos e mais acesso a verbas, evento levanta críticas sobre ineficácia e uso de dinheiro público

Foto: Marcha dos Prefeito a Brasília: mesma ladainha de sempre (Foto Divulgação)

Nesta segunda-feira, 20 de maio, prefeitos de diversas cidades brasileiras participam de mais uma edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. O evento, que se tornou recorrente no calendário político nacional, é marcado por discursos em defesa de maior autonomia financeira, redução da carga tributária sobre os municípios e ampliação do acesso a recursos federais. O presidente discursa com a mesma retórica e os prefeitos fingem que algo efetivo vai melhorar.

 

Apesar da mobilização, a iniciativa enfrenta críticas recorrentes. Isso porque, ano após ano, as pautas permanecem praticamente inalteradas, com poucas conquistas efetivas para os municípios. A marcha, organizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), tem sido vista por muitos como um roteiro repetitivo: discursos inflamados, reuniões com autoridades e promessas que dificilmente saem do papel.

 

Além da ineficácia percebida por parte da população, há também questionamentos quanto ao custo da mobilização. Prefeitos, assessores e servidores públicos se deslocam até Brasília com passagens e diárias custeadas pelos cofres municipais, o que, na prática, representa mais uma despesa em tempos de contenção orçamentária.

 

Embora a marcha siga sendo considerada importante por seus idealizadores como uma forma de pressionar o Congresso Nacional e o Governo Federal, a repetição dos mesmos temas e a escassez de resultados concretos reforçam a percepção de que o evento tem servido mais como um ritual turístico do que como uma ferramenta real de mudança. É sempre a mesma ladainha.


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