Nesta segunda-feira, 20 de maio, prefeitos de diversas cidades brasileiras participam de mais uma edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. O evento, que se tornou recorrente no calendário político nacional, é marcado por discursos em defesa de maior autonomia financeira, redução da carga tributária sobre os municípios e ampliação do acesso a recursos federais. O presidente discursa com a mesma retórica e os prefeitos fingem que algo efetivo vai melhorar.
Apesar da mobilização, a iniciativa enfrenta críticas recorrentes. Isso porque, ano após ano, as pautas permanecem praticamente inalteradas, com poucas conquistas efetivas para os municípios. A marcha, organizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), tem sido vista por muitos como um roteiro repetitivo: discursos inflamados, reuniões com autoridades e promessas que dificilmente saem do papel.
Além da ineficácia percebida por parte da população, há também questionamentos quanto ao custo da mobilização. Prefeitos, assessores e servidores públicos se deslocam até Brasília com passagens e diárias custeadas pelos cofres municipais, o que, na prática, representa mais uma despesa em tempos de contenção orçamentária.
Embora a marcha siga sendo considerada importante por seus idealizadores como uma forma de pressionar o Congresso Nacional e o Governo Federal, a repetição dos mesmos temas e a escassez de resultados concretos reforçam a percepção de que o evento tem servido mais como um ritual turístico do que como uma ferramenta real de mudança. É sempre a mesma ladainha.