Reação: Alexandre de Moraes procurou e achou: EUA ameaçam punir ministro por censura e autoritarismo

Após anos agindo com mão de ferro contra liberdades no Brasil, Moraes enfrenta agora reação à altura nos EUA, onde pode ser sancionado por violações de direitos fundamentais

Ministro do STF, Alexandre de Moraes, é alvo de pressão internacional por práticas consideradas autoritárias e censura de opositores (Foto Divulgação)

O que Alexandre de Moraes buscou por anos no Brasil, agora encontrou fora: um adversário à altura, que não se cala e nem se curva diante de seus atos autoritários. O Secretário de Estado dos Estados Unidos, alinhado ao ex-presidente Donald Trump, declarou nesta semana que há uma “grande possibilidade” de Moraes ser sancionado com base na Lei Magnitsky, utilizada contra líderes acusados de violar direitos humanos e reprimir liberdades civis.
 
A reação americana contrasta de forma gritante com a passividade institucional no Brasil. Parlamentares republicanos já pediram o bloqueio de bens e a revogação do visto do ministro. O bilionário Elon Musk também entrou na discussão, cobrando medidas concretas contra o que chamou de censura digital comandada por Moraes. Para os norte-americanos, liberdade de expressão não é um luxo — é um direito fundamental.
 
Enquanto isso, no Brasil, reina o silêncio constrangedor. Os demais ministros do STF preferem calar-se, possivelmente temendo que o destino de Moraes possa se tornar o deles no futuro. Mas a omissão mais gritante vem mesmo do Senado Federal, única instituição com poder constitucional para investigar, julgar e até afastar ministros do Supremo.
 
Mas o que se vê é um Senado acovardado, inerte, formado — com poucas exceções — por parlamentares que parecem agir mais como “bananas” do que como representantes de um poder independente e corajoso. A impressão é de que a maioria prefere proteger seus próprios interesses do que exercer seu dever constitucional de fiscalizar os abusos de poder.
 
Os Estados Unidos, diferentemente, demonstram que não aceitam arbitrariedades de autoridades estrangeiras sem reação. Lá, não há espaço para autoritarismo disfarçado de “decisão judicial”. A liberdade de expressão é defendida com firmeza, e aqueles que a atacam enfrentam consequências reais.
 
Moraes pode ter construído um ambiente de impunidade em solo brasileiro, mas agora descobre que há limites — e que, fora do Brasil, eles são levados a sério.

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