Violência: Professor é agredido e ameaçado por pai de aluno em escola de Florianópolis

Caso ocorreu em frente à E.E.B. de Muquém, no bairro São João do Rio Vermelho; agressor alega suposto abuso contra seu filho, enquanto professor nega acusações e denuncia perseguição

Foto: Professor foi atacado com socos, chutes e ameaças de morte em frente à escola onde trabalha, no norte da Ilha de Florianópolis (Foto Divulgação)

Um professor de Artes foi brutalmente agredido por um homem na tarde de terça-feira (25), em frente à Escola de Educação Básica de Muquém, no bairro São João do Rio Vermelho, em Florianópolis. O agressor, identificado como Manoel Abílio Pacífico, de 38 anos, é pai de um dos alunos da instituição e atacou o docente com socos, chutes e ameaças de morte, inclusive afirmando que estaria armado.
 
Segundo o professor, ele foi surpreendido durante o horário de trabalho e sofreu lesões físicas e abalo emocional. A Polícia Militar foi acionada e confirmou que a escola já havia recebido ameaças anteriores do mesmo homem. Após a agressão, Manoel fugiu do local e se escondeu em uma residência próxima.
 
Em sua defesa, o pai alegou que o filho, de 12 anos, teria sido vítima de abuso por parte do professor, afirmando que a criança saiu da escola “apavorada”, relatando que o educador teria encostado o órgão genital em suas costas. Manoel nega ser uma pessoa violenta e diz que agiu em defesa do filho, além de mencionar suposta perseguição sofrida por parte da escola e apoio de outros pais à sua posição.
 
O professor nega com veemência qualquer tipo de abuso, afirmando que sempre teve boa relação com os alunos e atribui as acusações a uma tentativa de perseguição pessoal e ideológica, destacando que é homossexual e defensor de uma escola democrática. Emocionado, ele declarou: “Me entristece muito essa acusação inverídica. Quero que as mentiras sejam desfeitas”.
 
A Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina se manifestou, afirmando que vai reforçar a segurança na unidade escolar e acompanhar de perto o caso por meio do Núcleo de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (NEPRE). O professor foi afastado por 60 dias, com salário mantido, e deve receber apoio psicológico.
 
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC) exigiu medidas urgentes e revelou que o agressor já tem passagens por ameaça, danos e difamação, além de uma condenação em 2023 por agredir outra professora da mesma escola.
 
As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil e da Secretaria de Educação, enquanto a comunidade escolar permanece dividida diante da gravidade das acusações.

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